segunda-feira, 3 de março de 2008

Começando...

O que escrever de início?
Pensei em tantos nomes para o blog que fiquei perdida.
Resolvi colocar o nome de um antigo MSN meu.
Aqui vou abordar diversos assuntos.
Vou contar sobre a depressão, auto-mutilação, amores, desventuras e aventuras, vocações, quedas e levantadas.
Não sei muito o que falar de mim.
Sou uma pessoa eclética, que ama a vida, mesmo depois de ter tentado contra ela 9 vezes sem sucesso.
Amo metal melódico, rock nacional, músicas estranhas. Digo estranhas porque dizem que sou a mestra de encontrar músicas diferentes por aí, como músicas gregas, egípcias e por aí vai.
Amo poesia.
Participei do 2o. livro de Antologia dos Poetas Virtuais, lançado em dezembro.
Tenho bons amigos.
Sofri bastante no decorrer da vida.
Tenho marcas horrorosas da auto-mutilação, tanto física quanto moral.
Mas isso é outra história e fica pra outro dia...
Vou deixar aqui um dos meus poemas...


Folhas perdidas

Surge um grande momento em toda a existência,
A árvore chora suas folhas, quase todas caídas,
Sente que cai um pedaço de toda sua experiência,
A árvore pensa que está sendo sempre traída,
Mas no mundo ainda prevalece a lei da sobrevivência,
Fica o mais forte, restam apenas folhas perdidas...

Se a árvore não soubesse que o mundo dá voltas,
Tudo aquilo que há na vida deve ao início retornar,
As folhas que caem são da sua música as notas,
Não adianta querer viver somente para cantar,
Se todos conservassem no coração suas revoltas,
Quando nós conseguiríamos nos reencontrar?...

Só assim conseguimos entender o sentido da vida,
No momento em que mais precisamos de alguém,
Quando no caminho pessoa alguma nos auxilia na lida,
Vamos em frente, mas junto conosco ninguém vem,
Seria nos nossos sonhos nossa pequena asa partida,
Sabemos que há muitos males que vêm para bem...

Todos no decorrer do tempo somos folhas na verdade,
Sentindo tudo o que há de triste nas nossas vidas,
Verdes, deveríamos procurar aos poucos a felicidade,
Deixar pra trás nossas mágoas, nossas feridas,
Amadurecemos no caminho de volta à realidade,
Quando amarelas, somos apenas folhas perdidas...

E se ainda houver tempo dentro da nossa geração,
Vamos continuar o nosso caminho, sempre vivendo,
Pois as folhas às raízes e ao duro chão retornarão,
Se houvesse tanto ou pouco tempo aprendendo,
Se não houvesse um pouco de sofrimento no coração,
Seríamos folhas, simplesmente perdidas, morrendo...

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